terça-feira, 20 de julho de 2010

Sábado, 10 de julho - Saturday, July 10th

A Catalunha nas ruas, o polvo no aquário e Messi na praia. Na decisão do terceiro lugar, o tédio alemão e a vibração uruguaia.
Catalães!
O país está convocado hoje
às seis da tarde em Barcelona para
uma grande manifestação contra a sentença do Estatuto
Prevê-se que centenas
de milhares de pessoas, de toda
a nação, reclamem o respeito ao direito de decidir
El Punt - Barcelona - Espanha

Octopus Garden

Paul (o original), George e o autor de Jardim do Polvo

A decisão do terceiro lugar para a Seleção da Coreia do Sul, em 2002, foi a ante-sala do céu. Chegar ao firmamento, encontrar-se com Deus (ou melhor, o deus Hiddink encontrar-se com o Deus original) seria, claro, aportar à final. Não deu. Mas ao menos a Coreia do Sul chegou às semifinais, perdeu da Turquia (começando com aquele que até hoje é o gol mais rápido da história das Copas, de Hakan Şükür, com 11 segundos de jogo). Os turcos levaram o bronze, vencendo os anfitriões por 3 a 2. Que comemoraram o quarto lugar como se título fosse.

A decisão do terceiro lugar de 2010, se não teve os traços de baile de debutantes de 2002, foi menos empolgante. O Uruguai não é virgem de medalhas em Copas, ao contrário - dois títulos mundiais, dois quartos lugares. A Alemanha, então, nem se fala - três Copas vencidas, quatro vices, três terceiros-lugares (até 2006) e um quarto lugar. Cadeira cativa (mais do que a Seleção Brasileira) nos pódiums dos Mundiais. Nem o ressurgimento uruguaio (desde 1970 não davam o azul-celeste de sua graça nos primeiros lugares) ou a afirmação da Polomanha (uma seleção composta por jogadores naturalizados vindos sobretudo da Polônia, mas também do Brasil, como o centroavante Kakauerstein, ou melhor, Cacau, de Santo André) fizeram fizeram o jogo do chuchute com churrasco ter o mesmo sabor da paella do dia seguinte. Deu Alemanha, 3 a 2. Para a Alemanha, média mantida. Para o Uruguai, um salto importante para um país para o qual, um ano antes, a África do Sul não era logo ali.

***

Se Maradona e sua seleção, para tristeza do futebol, não estavam mais na Copa, outro personagem (este sim, bastante alien ao mundo da bola) ganhou o palco: Paul, o polvo vidente. Após vaticinar a eliminação de seus dois países-natais (Paul, como os Beatles - o nome é mera coincidência - nasceu na Alemanha mas firmou sua carreira na Alemanha), o polvo ganhou as manchetes do mundo. Na sexta, 9 de julho, "perguntado" sobre quem ficaria com o bronze, o polvo foi direto e reto: Alemanha.

Naquele momento, mais do que qualquer campo da África do Sul, o aquário de Paul, em Oberhausen, Alemanha, era o lugar mais importante do mundo. Como na engraçada Octopus Garden, de Ringo (Abbey Road, 1969).


Provocação
O (Tribunal) Constitucional (de España)
se adianta
e publica a sentença às vésperas do protesto
A tripartite e o CiU criticam
a ação do tribunal, que consideram uma afronta
La Vanguardia - Barcelona - Espanha

Seleção Espanhola
desencadeia onda de patriotismo
Diario de Cadiz - Cádiz - Espanha

Paixão pela Roja
à sombra de La Giralda*
Varandas decoradas e dezenas de camisetas da Seleção pelas ruas da cidade
* Torre da Catedral de Santa Maria de Sevilha
Diario de Sevilla - Sevilha - Espanha

Pequena final
Die Welt - Berlim - Alemanha

Hoje, o jogo do terceiro lugar
Faremos tudo de novo!
Polvo Paul prevê vitória sobre o Uruguai.
Bild - Berlim - Alemanha

A esperança da Holanda
Holanda decide no domingo o título mundial contra a Espanha
Laranja conta com o menino-prodígio Sjneider
Het Nieuwsblad - Bruxelas - Bélgica

Petrobras gera temor no mercado financeiro
Folha de S. Paulo - São Paulo - SP - Brasil

A escolha de Paul
Diário do Povo - Campinas - SP - Brasil


Messi se esquece
do sofrimento nas praias do Rio
La Nacion - Buenos Aires - Argentina

Uma coisa que começa com B
Olé - Buenos Aires - Argentina