Para a Alemanha, a rotina de mais um terceiro lugar. Para Espanha e Holanda, nunca antes na história destes países o título mundial veio. A hora vai chegar para um deles.
Espanha, a seus pés
A Seleção paralisa o país ante a histórica
partida contra a Holanda. Chegou a hora principal.
El País - Madrid - Espanha
Questão de Estado
Logo da Prou ("Basta", em Catalão):
fim das touradas
na Catalunha; no restante da Espanha, "esporte" prossegue
Alguém que apenas visse os jornais de Barcelona na manhã de 11 de julho de 2010, data da final da Copa da África do Sul, perceberia uma grande mobilização local. Mas não era pela Roja.
A manchete do La Vanguardia era: "Estrondosa reação nas ruas às restrições constitucionais: 1,7 milhões seguem a Guarda Urbana". A do El Punt: "O clamor de um povo - A resposta à sentença contra o Estatuto do Tribunal Constitucional". Havia nada - sim, nada - de futebol na manhã daquela que era o mais importante dia da história do (tradicionalíssimo) futebol local. Lembrar da importância do Fútbol Club Barcelona para o esporte mundial é mais do que chover no molhado - é óbvio. Assim, o mais marcante na imprensa espanhola, neste dia, foi ver, mais uma vez, se não a divisão, a não-unidade de um país; os jornais do restante da Espanha - Madrid inclusos - falavam da grande final contra a Holanda. Curioso é ver que que a base da Seleção Espanhola - Piqué, Puyol, Xavi, Villa (um dos artilheiros do Mundial), e o autor do gol do título, Iniesta, jogam no Barcelona. A exceção, em se tratando da terra do clube blaugrana, foi foi o Sport, que (depois da Copa, bem entendido) saudou a conquista como "un triunfo de todos los jugadores, pero en gran parte de los ocho del Barça que integran este maravilloso equipo de futbolistas y sobre todo, amigos" (
). Negócios à parte.
Também se fazem visíveis, nas primeiras páginas, o pouco entusiasmo alemão com o terceiro lugar obtido no dia anterior, e a frustração misturada com orgulho do Uruguai, quarto colocado.
Um detalhe, que de detalhe tem nada: menos de um mês depois da conquista da Copa pela Espanha, Barcelona decidiu proibir a realização de touradas em seu território. Nada menos "espanhol". Nada mais catalão.
A Copa é, definitivamente, questão de Estado.
Hoje colocamos a estrela em nossa camisa
Marca - Madrid - Espanha
A Catalunha sentencia
Estrondosa reação nas ruas às
restrições constitucionais: 1,7 milhões seguem a Guarda Urbana
La Vanguardia - Barcelona - Espanha
O clamor de um povo
A resposta à sentença contra
o Estatuto do Tribunal Constitucional
El Punt - Edição Barcelona - Barcelona - Espanha
Vermelho contra Laranja
Frankfurter Allgemeine - Frankfurt - Alemanha
Terceiro - obrigado!
Der Tagesspiegel - Berlim - Alemanha
Coragem até o final
El País - Montevidéu - Uruguai
Quase
Uruguai sai perdendo, vira jogo, mas cede vitória à Alemanha por 3 a 2 em disputa pelo 3º lugar